Ucraniana recupera história de visitas a zonas mortas por Chernobyl - uma cidade fantasma

domingo, 26 de abril de 2009 às 10:52
Vinte e três anos atrás, uma pequena cidade no norte da Ucrânia estava escrevendo uma das páginas mais negras da história. Em 26 de abril de 1986, a explosão do reator número 4 da usina nuclear de Chernobyl despejava no ar e na terra uma quantidade enorme de resíduos altamente radioativos. Junto com milhares de inocentes, o planeta iria pagar por uma série de erros - que tiveram início na complexa construção do reator e culminaram na simples falta de comunicação entre os técnicos do turno da noite. Era o começo de um pesadelo radioativo, tantas vezes previsto, mas até então inimaginável. Elena Filatova, ou "KidOfSpeed", é uma das pessoas que mais escreveram sobre a "Zona Morta" - área de aproximadamente 30 km² criada após o acidente de Chernobyl - na Ucrânia e na Bielorrússia. Alguns anos atrás, seu site virou sensação no mundo por mostrar um passeio pela região em uma moto, lembrando o que, para muitos, estava enterrado sob o sarcófago. A ucraniana trouxe novamente à tona a mórbida paisagem que sofre os efeitos da radiação. A explosão, cem vezes mais radioativa que as bombas de Hiroshima e Nagasaki juntas, deixou, além de um legado de mortes, um perigo invisível, silencioso e cruel: os raios gama, o pior e mais letal forma de ionização. "A radiação gama é cumulativa, vai somando-se com o tempo. Humanos podem se expor a uma quantidade X de raios gama durante sua existência. É como se você recebesse dinheiro suficiente para gastar durante toda a sua vida", explica Filatova. "Você deveria gastá-lo de forma sábia. Os cientistas que trabalham no sarcófago de Chernobyl podem desperdiçar seu 'capital' em algumas horas. Em Chernobyl, como na vida, alguns gastam em um lugar o que outros fazem durar por anos. E sintomas como vômitos e náusea significam que a 'falência' está muito próxima." Os primeiros bombeiros que chegaram para apagar o incêndio na usina simplesmente desintegraram depois de algum tempo. E ainda hoje, 23 anos depois, há bolsões de radioatividade altíssimos na cidade de Pripyat, que abrigava os trabalhadores da usina e seus parentes. Os maiores deles estão dentro dos prédios, na floresta chamada "Madeira Vermelha" (que, segundo dizem, tem esse nome por ter brilhado no escuro após a explosão) e nos cemitérios da "Cidade Fantasma", como é conhecida Pripyat. O grafite usado para extinguir o fogo no reator foi enterrado neste local, considerado um dos mais tóxicos do planeta. Hoje, a "Zona Morta" volta à vida, mas de uma forma estranha. Por ano, centenas de turistas pagam cerca de US$ 400 por um dia de passeio pela sinistra região, segundo o Chernobylinterinform. E muitos dos guias também cobram "extras" pelo serviço. E o que jaz sob o sarcófago de concreto que cobre o reator 4 da usina de Chernobyl vai permanecer ativo por mais de 100 mil anos. "As pirâmides do Egito duram 6 mil anos. Chernobyl é nossa contribuição para a História da Humanidade. É uma Pompéia dos tempos modernos", lembra Filatova. Aliás, a própria ucraniana é acusada de ser um "subproduto da radiação": ela nunca teria ido de moto à região. Uns simplesmente ouvem os guias, que falam o que for preciso para desacreditá-la. Outros culpam o governo pelo que chamam de "tentativa de silenciar a verdade". Os céticos dizem que seus relatos - e seu passeio de moto - são inverossímeis, enquanto os idealistas dizem que o propósito de Filatova é simples: usar a internet para não deixar a tragédia cair no esquecimento, mesmo que o preço seja sua reputação. "É inútil questionar se algo ou alguém é real ou não. Quem não é real, vai dizer que é. E quem for, vai silenciar. Exatamente como Chernobyl", finaliza a ucraniana. Fonte: site G1

A cantora Nana Caymmi comemora o lançamento de seu novo álbum

às 10:50
A nova versão de Não se esqueça de mim, parceira de Roberto e Erasmo Carlos, que Nana já havia gravado no CD Resposta ao Tempo, há onze anos, agora também faz parte do CD Sem poupar coração da gravadora Som Livre, que acaba de chegar às lojas. No repertório Nana traz inéditas de Chico Buarque e Dori Caymmi (o samba-canção Fora de Hora), Fátima Guedes (a poética Para quem ama demais) e Paulo César Pinheiro (o bolero Sem poupar coração). A cantora, também não fez questão de poupar e até mesmo esconder a sua emoção nas quatorze faixas do novo trabalho. Os arranjos do CD ficaram por conta do irmão Dori e dos pianistas Cristóvão Bastos e Itamar Assieri.

CD de Milton Nascimenhto com jazzistas franceses sai no Brasil

às 10:47
O CD de Milton Nascimento gravado e lançado na França em 2007, com os irmãos sopristas franceses Lionel (sax soprano e flauta) e Stéphane Belmondo (flugelhorn) já pode ser conferido aqui no Brasil. Para Milton a idéia do lançamento do disco aqui no país, é como se estivesse lançando o Clube da Esquina 3, que começou numa fazenda em Minas Gerais e acabou nos Estados Unidos, ou seja, uma parceria baseada na amizade.