Bienal de Veneza dribla a crise com a maior edição de sua história

terça-feira, 24 de março de 2009 às 14:45
Nos dias 7 de junho e 22 de novembro a Bienal de Veneza vai apresentar sua 53ª edição. Com o tema "Fare Mondi" que quer dizer ‘Criar Mundos’, tudo indica que o evento vai conseguir driblar a crise econômica. Para o curador da mostra, o sueco Daniel Birnbaum, a Bienal "não reagirá excepcionalmente" à penúria econômica global. Para isso, Daniel deu como exemplo a arte de Yoko Ono, que será premiada este ano com o Leão de Ouro por sua carreira, para descrever uma edição em a que a Bienal de Veneza estará "mais próxima de uma outra economia" que foge "dos objetos preciosos". Segundo o presidente do evento, Paolo Baratta, a Bienal contará com a participação de 77 países, a mais extensa da história da mostra. Apesar dos escassos recursos, a organização destacou o esforço para a ampliação da estrutura do evento. A primeira grande mudança é a criação de um novo palácio de exposições chamado "Área dos Jardins", onde pela primeira vez na história da Bienal, poderão ser desenvolvidas atividades permanentes, de forma paralela aos festivais e às grandes exposições. O novo edifício permanecerá acessível ao público durante todo o ano e abrigará daqui a 10 anos a biblioteca do Arquivo Histórico das Artes Contemporâneas.